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Ressonância magnética do Hospital Estadual de Sumaré

Ressonância magnética do Hospital Estadual de Sumaré está quebrada há um mês

Pacientes aguardam transferência para realizar exames em outras clínicas

O equipamento de ressonância magnética do HES (Hospital Estadual de Sumaré), vinculado à Unicamp, está quebrado há cerca de um mês. Aparelho está em funcionamento desde abril de 2013 e deve passar por manutenção em breve. Enquanto isso, pacientes estão sendo encaminhados para clínicas particulares, mas reclamam da demora no atendimento.

Como é o caso da dona de casa de 72 anos, Maria José Fernandes, ela precisou passar por uma cirurgia para retirar a vesícula em julho e no dia 10 de agosto, após sentir fortes dores, foi até o HES para ser atendida. No local, o médico informou que ela precisaria passar por um exame de ressonância magnética para saber qual o motivo das dores, mas a máquina estava quebrada.

Foi então que começou os problemas no atendimento, como explicou a filha da paciente, Carla Fernandes de Oliveira, de 43 anos, ao Hortonews. “Eles deram um papel falando que ela precisava fazer o exame, mas que a máquina estava quebrada. Então nós fomos ver para fazer por fora, a gente pensava que era um preço acessível, que dava para a família pagar, mas são mais de R$ 2 mil”, contou.

Por ser um valor inviável para a família, eles decidiram aguardar uma transferência por parte do hospital para realizar o exame em outro local. Carla chegou a pedir a inclusão da mãe no CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), mas o hospital informou que não seria necessário.

Maria seria transferida para uma clínica particular, mas o HES só emitiu o encaminhamento para a clínica após a reportagem do HortoNews entrar em contato com o órgão, 14 dias depois a internação de Maria Fernandes.

Apesar da emissão do encaminhamento, segundo a Carla, o hospital não tinha enviado até às 12h desta sexta-feira (25), a autorização para a realização do exame na clínica indicada. Ela contou que durante esses dias a mãe precisou ser medicada para conseguir suportar a dor e a espera pelo exame se tornou angustiante.

“Minha mãe não pode mais ficar tomando morfina, até quando ela vai ficar tomando remédio forte para dor? Eles têm que resolver essa situação para ela conseguir fazer o exame, nós não temos condições de pagar”, disse.

O que diz o hospital?

O HortoNews entrou em contato com a assessoria de imprensa do Hospital Estadual de Sumaré. O órgão disse que a máquina tem uma manutenção demorada “em virtude de as peças da ressonância magnética serem importadas”.

Além disso, o hospital explicou que alguns tipos de exames estão sendo realizados em serviços de imagem externos e que a paciente não foi inclusa na CROSS por que será realizado nesse esquema. “Família foi muito bem esclarecida como rotina do hospital”, concluiu.

Já a Secretaria Estadual de Saúde explicou ao Hortonews, por meio de nota, que “Apesar do equipamento de ressonância magnética estar em manutenção, os pacientes que necessitam realizar o exame estão sendo encaminhados a instituições privadas, até que o aparelho retome a operação no HES”. A secretaria também disse que a paciente está “sendo devidamente assistida por equipe multidisciplinar”, finalizou.

Questionados sobre um prazo para a conclusão da manutenção do equipamento e a volta da operação, o HES não pôde informar uma data.

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